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Mulheres ganharam 20,5% menos que os homens em 2018, diz IBGE

A desigualdade salarial entre homens e mulheres no país diminuiu no ano passado, mas ainda continua em um nível alto, segundo em estudo divulgado dia 08 de março pelo \IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2018, as mulheres ganhavam em média, 20,5% menos que os homens, enquanto que em 2017 essa diferença era de 21,7%, uma redução de 1,2 ponto percentual. Desde 2012, quando começou a série histórica do IBGE, a desigualdade salarial teve redução de 2,9 pontos percentuais – as mulheres recebiam, em média, 23,4% menos que os homens naquele ano. Porém, quando comparado a 2016, a desigualdade aumentou 1,3 ponto – o salário médio das mulheres era 19,2% inferior ao dos homens.

O estudo também mostrou que, quanto mais especializado o cargo, maior é a desigualdade salarial entre homens e mulheres.

Entre professores universitários, por exemplo, o salário pago a elas equivalia a 82,6% do valor recebido por profissionais do sexo masculino. No caso de médicos especializados e advogados, as mulheres ganharam 70% do montante pago aos homens pela mesma função.

Nos cargos de chefia, o IBGE afirmou que a desigualdade é registrada tanto na participação das mulheres, que ocupam 41,8% dos cargos disponíveis, como na lacuna salarial. Em 2018, elas receberam em média R$ 4.435,00, o que corresponde a 71,3% do valor médio de R$ 6.212,00 pago pelas empresas a homens que exercem a mesma função.

O único setor em que as mulheres ganhavam o mesmo que os homens eram as Forças Armadas e a polícia, segundo dados do IBGE. De fato, elas ganharam 0,7 por cento a mais, em média.

No que diz respeito à jornada de trabalho, a pesquisa do IBGE constatou um número inferior de horas trabalhadas na semana para as mulheres. Em média, o homem trabalhava 42,7 horas, enquanto a mulher 37,9 horas, o que leva às cerca de 4,8 horas a menos na jornada semanal da mulher em 2018.

Por Maria Augusta