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Brasil é o país que menos valoriza professores, segundo estudo

De acordo com estudo conhecido como Índice Global de Status de Professores (GTIS) realizado anualmente pela Varkey Foundation e divulgado dia 7/11, dos 209,3 milhões de brasileiros, apenas 9% acredita que os professores são respeitados no país. Na China, 81% dos entrevistados respondeu que seus professores são valorizados e respeitados, seguida da Malásia e Taiwan. O Brasil está em último.

Análise de 35 países aponta que desempenho dos alunos está ligado à valorização e à remuneração dos docentes. No Brasil, apenas 20% dos pais encorajariam filhos a seguir profissão.

O GTIS foi calculado por meio do cruzamento dos resultados existentes do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) com respostas sobre professores obtidas por um instituto econômico baseado na Universidade de Sussex, que analisou mil adultos – entre 16 e 64 anos, em cada um dos 35 países pesquisados, além de 5.550 professores espalhados desses países.

Os países asiáticos – mais especificamente China, Malásia, Taiwan, Indonésia, Coreia do Sul e índia – ficaram à frente de todos os países europeus e de todas as nações ocidentais.

A pesquisa também mostra que há pouca compreensão do trabalho e da remuneração dos professores. Enquanto os entrevistados acreditam que os docentes trabalham, em média, 39,2 horas por semana, os profissionais relatam 47,7 horas dedicadas semanalmente ao ofício de ensinar – quase 20% a mais. Por outro lado, as pessoas estimam que os professores têm salário médio anual de US$ 15 mil, enquanto na verdade, a remuneração é de US$ 13 mil, em média. Há ainda a percepção de que os salários não sejam justos: os brasileiros defendem que um docente em início de carreira deve ganhar o equivalente a US$ 20 mil por ano – um aumento de US$ 7 mil.

Por Maria Augusta