SAAESP Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de São Paulo
Um quarto da população estava abaixo da linha de pobreza do Banco Mundial em 2016, ano mais agudo da recessão. Isso significa que 52,169 milhões de brasileiros vivem com menos de US$ 5,50 (R$ 18,24) por dia, em valores de 2016. Os dados, da Síntese de Indicadores Social 2017, foram divulgados em meados de dezembro passado, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Brasil não tem uma linha oficial de pobreza; há diversas linhas que atendem a vários objetivos. Chega-se a 4,2% da população segundo o recorte de pobreza extrema do Bolsa Família (R$ 85,00), 6,5% recorte de pobreza extrema global do Banco Mundial (US$ 1,90 por dia, ou R$ 6,30) e 12,1% com um quarto de salário mínimo per capita. Recortes de pobreza mais altos incluem a população com até meio salário mínimo per capita (29,9%) e a Linha do Banco Mundial que leva em conta o nível de desenvolvimento brasileiro (e da América Latina) de US$ 5,5 por dia.
Tanto a pobreza quanto a extrema pobreza estão concentradas no Norte e no Nordeste. Quando se usa a linha de US$ 5,50 por dia, 43,1% dos habitantes do Norte e 43,5% dos moradores do Nordeste vivem com renda igual ou inferior a essa, contra os 25,4% na média nacional.
Já na linha dos extremamente pobres, com US$ 1,90 por dia, 11,2% dos habitantes do Norte e 12,9% da população do Nordeste vivem nessas condições. São 7,3 milhões de nordestinos vivendo com essa renda, ou seja, mais da metade do total de extremamente pobres.
Considerando toda a população que vive em condição de pobreza, a maior parte são crianças de até 14 anos: 42,4% ou 42 milhões de pessoas.
Enquanto 84,9% da população tem acesso a abastecimento de água por rede geral de distribuição, apenas 73,3% das pessoas na faixa da pobreza dispõe do serviço.
Em todos os casos analisados, a pobreza tem maior incidência nos domicílios do interior do país do que nas capitais, o que está alinhado com a realidade global, onde 80% da pobreza se concentram em áreas rurais.
