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São Paulo tem quase dois professores agredidos ao dia; ataque vai de soco a cadeirada

Em média, a cada dia, no estado de São Paulo, quase dois professores sofrem agressão em seus locais de trabalho, de acordo com dado destacado pela Folha de São Paulo com base em registros policiais obtidos pelo jornal por meio da Lei de Acesso à Informação.

O maior índice tem relação ao crime de lesão corporal, com 63% dos casos relatados à polícia. As ocorrências de “vias de fato”, ou seja, quando há um contato corporal, como um empurrão, sem maiores consequências é de 37% das denúncias.

Em datas do calendário escolar, durante o primeiro semestre de 2017, foram 178 queixas registradas em delegacias pelos educadores de creches, escolas e universidades, tanto públicas quanto particulares.

Ainda no primeiro semestre – considerando o período entre fevereiro e junho -, o maior número de casos foi registrado em maio, com 53 denúncias de agressão, enquanto fevereiro foi o mês com menos ocorrências (19).

Nas queixas há educadores atingidos com lixeiras, carteiras escolares, socos, chutes e pontapés e, em quatro casos, um aluno foi apontado entre os agressores.

Apesar de a violência nas escolas se tratar de um problema mundial, uma pesquisa internacional sobre Ensino e Aprendizagem coordenada pela TALIS (Teaching and Learning International Survey) e pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgada em 2014 revelou que mais de um terço dos professores brasileiros (34%) atuam em escolas cujos diretores afirmam constatar semanalmente intimidação ou ofensa verbal por alunos, o que coloca o Brasil no topo do ranking de violência nas escolas dentre os 34 países participantes. Essa pesquisa ouviu mais de cem mil professores do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio que lecionam para faixa etária de 11 a 16 anos, em 34 países. Nova pesquisa deverá ser divulgada em 2019, segundo a mídia.

Prevenir e combater agressões contra professores no ambiente escolar requer atuação conjunta da escola, da família e do poder público.

Por Maria Augusta