Para aprovar o fim da aposentadoria sem maiores problemas, o líder governista no Senado admite a estratégia de fatiar a reforma da Previdência, continuando assim a agenda de retrocesso contra os trabalhadores. Reconheceu que a reforma da Previdência, impopular como está, tem grandes chances de não ir além da Câmara.
O líder defende que seja colocada em pauta uma discussão sobre os termos da reforma da Previdência e reformulação de seus principais tópicos, para que o desmonte seja aprovado ‘por partes’, evitando que os partidos contrários a ela ganhem terreno e mais apoio popular.
Aliados do governo argumentam que essa reforma não é vital para o atual presidente, mas que a mudança é vital para o próximo presidente eleito.
A ideia defendida pelos deputados é manter no texto apenas a fixação de uma idade mínima para aposentadoria no país (65 anos para homens e 62 para mulheres) e após a aprovação disso, seriam votados outros pontos da reforma.
Neste novo modelo, a aprovação total dos termos da reforma da Previdência poderá se estender até 2018.
Em que pesem quaisquer estratégias adotadas pelo governo para acelerar e garantir aprovação da reforma da Previdência, o SAAESP continuará lutando para que as decisões não prejudiquem os trabalhadores.