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Trote Universitário

Encerrada a temporada de vestibulares, as universidades brasileiras recebem milhares de novos alunos. É a abertura de temporada de matrículas, aulas e trotes – ritual que teve origem na Europa, durante a Idade Média para os alunos novatos.

O trote universitário, uma das mais controversas tradições do ensino superior brasileiro, nos últimos anos, tem chamado mais a atenção devido aos excessos de violência física e moral.

Com a deflagração de acidentes e, inclusive, mortes, muitas instituições de ensino superior decidiram pelo fim dos trotes e adotaram medidas alternativas, como o trote solidário, para coibir a violência na universidade.

Não se pode negar que em algumas instituições o trote estudantil está aliado ao bom senso. Ao invés de violência e humilhação, veteranos e calouros integram-se em práticas saudáveis e benéficas: doam sangue, plantam árvores, divertem crianças em instituições, pintam muros de escolas, arrecadam alimentos para doá-los a comunidades carentes, “bixos e bixetes” têm as cabeças raspadas, os rostos e roupas pintado. Ou, no máximo, veteranos os fazem pedir dinheiro no semáforo e aprender dancinhas engraçadas com o único objetivo de promover a interação.

O ingresso no curso superior é o início de uma etapa complemente nova na vida dos calouros. Portanto, proporcionar uma recepção de maneira criativa e diferente aos calouros, envolvendo o calouro em ações sociais pode gerar uma mobilização positiva para o mundo universitário e para a sociedade.

Trote universitário é para celebrar uma conquista alcançada, não para transformar sonho em pesadelo.