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DESEMPREGO ATINGE 8,1% NO TRIMESTRE, A MAIOR TAXA EM TRÊS ANOS

Índice subiu afetado pelo aumento na procura por vagas em meio ao cenário de desaceleração econômica, diz IBGE; um ano antes, era de 7%.

A taxa de desemprego do Brasil subiu a 8% no trimestre encerrado em maio, a mais alta da série histórica iniciada pela procura por vagas e redução de postos em meio à economia fraca, segundo a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE.

No mesmo período de 2014, o indicador havia marcado 7%. Já, entre dezembro de 2014 e fevereiro deste ano, marcou 7,4%.

O desemprego aumentou porque 1,6 milhão de pessoas entraram no mercado, mas apenas 297 mil encontraram emprego.

Renda

Uma das razões para o aumento da procura por vaga é a queda da renda: no período, o rendimento médio dos trabalhadores ficou em R$ 1.863,00, queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior.

Com a piora do mercado de trabalho, o brasileiro está buscando no empreendimento próprio uma alternativa para se equilibrar em meio à crise.

Segundo a pesquisa, no trimestre, o número de pessoas que trabalham por conta própria ou são empregadores subiu em mais de 1,3 milhão de pessoas.

O trabalhador está perdendo a estabilidade e precisa se virar para ganhar a vida, disse o coordenador da pesquisa, Cimar, chamando a atenção para as semelhanças entre este movimento e o visto em 2003 e 2004, quando o crescimento econômico também não era favorável.

Para tentar conter o aumento do desemprego, o governo encaminhou ao Congresso, na segunda-feira dia 13 de julho, uma Medida Provisória que permite a redução da jornada de trabalho em até 30%, com redução do salário.