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Novo coronavírus continua desafiando a medicina e a ciência: reinfecção e possíveis sequelas da covid-19.

Noticiado pela imprensa, em 24 de agosto, o relato de pesquisadores da Universidade de Hong Kong sobre o primeiro caso confirmado de reinfecção de Covid-19, infectado pela primeira vez no final de março e quatro meses e meio depois contraiu novamente o vírus.

Um dia após o relato do primeiro caso documentado em Hong Kong foi divulgado pela imprensa que cientistas da Bélgica e da Holanda afirmaram que dois pacientes, um em cada país, foram reinfectados pelo novo coronavírus.

Também, conforme veiculado pela imprensa, vários casos estão sendo investigados no Brasil; só na USP são 18 pacientes que testaram positivo duas vezes para Covid-19, em períodos diferentes. Como a análise está em andamento, ainda não dá para afirmar que se trata de reinfecção, pois é preciso provar que o código genético do primeiro vírus é diferente do segundo. Em São Paulo, o Hospital das Clínicas/USP montou um ambulatório exclusivo para acompanhar possíveis casos de reinfecção. Sete pacientes de São Paulo, com quadros leves já procuraram a unidade e o sequenciamento genético do vírus está sendo cuidadosamente analisado pelas equipes do HC. A faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto está investigando 11 casos suspeitos de reinfecção de todo o país. Os especialistas dizem que antes de afirmar que se trata de reinfecção é preciso eliminar outras possibilidades.

Ainda são grandes as dúvidas em relação ao tempo que uma pessoa fica protegida da Covid-19 após ser infectada e se recuperar; assim como ainda não está claro, quão forte é a resposta imunológica que desenvolve. A força e a durabilidade da resposta imune também é um fator crucial para determinar por quanto tempo as vacinas serão eficazes e a frequência em que, eventualmente, deveria ocorrer dose de reforço, dizem alguns especialistas.

A OMS disse que o número de reinfecções é muito pequeno e ponderou que a proteção imunológica do nosso corpo não é a mesma que uma vacina, ou seja, o objetivo é que a vacina seja mais forte, dê mais imunidade.

Enquanto não há vacina sabemos que as medidas de proteção são a única forma de se prevenir da Covid-19. Vale lembrar que a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o uso de máscara para crianças a partir de 2 anos, sem causar estresse, observando as características de cada criança e o ambiente onde vive. Ressalva é feita para criança ou adolescente que tenha problema respiratório ou alguma patologia incapacitante.

O outro desafio que vem sendo divulgado refere-se ao fato de que muitos pacientes curados da Covid-19 precisam vencer sequelas variadas (lesões e inflamações) que atingem até quem teve formas mais leves da doença, e que podem durar meses, e, não raramente, precisam de fisioterapia e reabilitação. Médicos tentam entender quais consequências, de médio e longo prazo, o vírus pode trazer para os que se recuperaram da Covid-19. Além dos pulmões considerado “marco zero” para o vírus, coração, rins, intestino, sistema vascular e até o cérebro podem ser afetados. Para especialistas, país deve começar a discutir a reabilitação dos recuperados.