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Fechamento de vagas formais afeta mais quem está na faixa de renda de 1 a 2 salários mínimos, segundo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

O fechamento de vagas formais, na faixa de rendimentos até dois salários mínimos, no acumulado de 2020 corresponde a 75,5% do total de vagas fechadas no ano, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados recentemente pela mídia. A saber: do total de 1,145 milhão de vagas fechadas, mais da metade foi na faixa salarial de 1,01 a 1,5 salário mínimo, ou seja, 635,1 mil postos de trabalho fechados; enquanto na faixa de 1,51 a 2 salários mínimos foram 229,3 mil postos fechados até maio desse ano. Já no caso de renda de 0,51 a 1,0 salário mínimo foram fechadas mais de 45 mil vagas.

Os dados também apontam que a única faixa salarial com saldo positivo de vagas neste ano foi a de até meio salário mínimo: foram criadas 24,2 mil vagas.

O que ora se observa, em função da pandemia do coronavírus, é um cenário diferente de 2018 e 2019, quando o saldo positivo de vagas formais era restrito às faixas salariais de até dois salários mínimos.

Segundo os dados do Caged o maior fechamento de vagas se deu entre níveis de escolaridade mais baixos, excetuando-se os analfabetos que foram os menos afetados. O desemprego também afetou menos os profissionais de nível superior. Na liderança do saldo negativo de vagas estão os trabalhadores com nível médio completo, seguidos de quem tem nível fundamental incompleto e completo.

Especialistas alertam que serão piores os efeitos para o trabalhador desempregado, que era incluído na faixa de renda mais baixa, pois, terão maior dificuldade para se recolocar no mercado. Em geral, ele possui qualificação menor e a disputa por vagas será também com aqueles que têm maior qualificação. Com tantos desempregados, provavelmente serão mais atrativas para os empregadores, as pessoas mais qualificadas e dispostas a trabalhar por salários menores do que recebiam quando deixaram o mercado de trabalho.