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Brasil fecha 1,1 milhão de vagas formais em dois meses de pandemia do novo coronavírus

O mercado de trabalho brasileiro, fortemente impactado pela pandemia do novo coronavírus, perdeu 1,1 milhão de vagas com carteira assinada nos meses de março e abril deste ano, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados ─Caged, divulgados em 27 de maio de 2020, pelo Ministério da Economia.

Antes da crise de saúde pública, em janeiro e fevereiro deste ano o país criou, respectivamente, 113.155 e 224.818 vagas com carteira assinada. Porém, os dados do Caged apontaram também que só em abril o Brasil perdeu -860.503 vagas (diferença entre 598.596 contratações e 1.459.099 desligamentos), sendo o maior número de demissão para o período em 29 anos.

Ao comparar número de postos de trabalho com carteira assinada, o Caged mostrou que em abril de 2019 houve saldo positivo de 129.601, resultado de 1.374.628 admissões e 1.245.071 demissões.

Por outro lado, segundo a mídia, o Ministério da Economia ponderou que os dados de desemprego neste ano seriam piores se o governo não tivesse implementado a medida que autorizou a suspensão ou o corte proporcional de jornadas e salários de trabalhadores e argumentou que, em virtude dessa medida, mais de 8 milhões de empregos foram salvos até o momento (Medida Provisória 936/2020, de 1º.de abril).

Segundo dados do Caged, o setor que mais sofreu foi o de serviços com 362.378 vagas formais perdidas só em abril, depois o comércio que fechou 230.209 vagas formais em abril e a indústria que extinguiu 195.968 empregos formais no mesmo mês.