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Brasil cai uma posição no ranking mundial do desenvolvimento humano

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ─ Pnud ─ divulgou em 9 de dezembro p.p. relatório com base em dados de 2018, segundo o qual o Brasil, no ranking mundial de Desenvolvimento Humano (IDH), caiu uma posição em relação à publicação anterior, passando da 78ª.para 79ª.

O Brasil teve um IDH de 0,761 em 2018 e teve um crescimento discreto de 0,001 ponto em relação a 2017. Mesmo com esse aumento o Brasil caiu uma posição no ranking mundial de 189 países e territórios reconhecidos passando da 78ª.para 79ª. Na classificação da ONU o Brasil segue no grupo dos que têm alto desenvolvimento humano.

Para fazer comparação e análise de dados internacionalmente o Pnud se baseia em dados ONU e Banco Central. Três fatores principais são analisados: a saúde da população, a expectativa de vida quando as pessoas nascem e o padrão de vida (medido pela renda e pelo poder de compra).

Analistas do Pnud não vêm com preocupação a queda no ranking em si, pois, a posição no ranking não depende somente do que acontece no Brasil, mas também do que acontece nos outros países.

No entanto, o que preocupa os especialistas é a desigualdade existente no país. Os dados do relatório do Pnud mostram que o Brasil é a nação que mais perde posições no ranking mundial quando a desigualdade é levada em conta. Haja vista que, se fossem consideradas desigualdades entre a população, o IDH brasileiro cairia de 0,761 para 0,574, ou seja, perda de 24,5% que faria o país perder 23 posições no ranking mundial.

Os dados apontaram que, quase um terço de todas as riquezas do Brasil está concentrado nas mãos dos 1% mais ricos.

No relatório a ONU defendeu que seja combatida a desigualdade de renda, porém, enfatizou que também é preciso estar atento à desigualdade de acesso à tecnologia e de formação.

Destacando que as diferenças de oportunidades começam desde antes do nascimento, o relatório defende que os governos invistam mais “na aprendizagem, saúde e nutrição das crianças pequenas” para garantir maior igualdade de condições desde a primeira infância.

Diz o documento que: “Os países com uma força de trabalho mais produtiva tendem a ter uma concentração mais baixa de riqueza no topo, viabilizada, por exemplo, por políticas que apoiam sindicatos mais fortes, estabelecem o salário mínimo certo, criam um caminho da economia informal para a formal, investem em proteção social e atraem mulheres para os locais de trabalho”.