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Desemprego de longo prazo aumenta 42,4% em quatro anos, diz IPEA

O número de brasileiros que procuram trabalho há pelo menos dois anos chegou a 3,3 milhões no primeiro trimestre de 2019, destacou dia 18 de junho o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). O número de desempregados de longo prazo é 42,4% superior ao mesmo período de 2015, primeiro ano da recente recessão da economia brasileira.

Os dados do primeiro trimestre deste ano indicam que o desemprego de longo prazo é mais acentuado entre as mulheres: 28,8% das desocupadas estavam nesta situação há pelo menos dois anos. Entre os homens sem emprego, esse percentual era de 20,3%. Na análise por faixa etária, 27,3% dos desempregados com idade superior a 40 anos insistem sem sucesso na busca por trabalho há pelo menos dois anos; mas a expansão do desemprego de longo prazo é maior entre os jovens. O estudo utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as regiões brasileiras atingidas estão o Norte e o Nordeste, que sofrem com o desemprego de longo prazo, mais do que as regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste.

O Ipea ressaltou que embora ainda bastante deteriorado e com um grande contingente de desempregados, os dados mais recentes sinalizam uma dinâmica mais favorável para o mercado de trabalho brasileiro, mas que dependem da aprovação da reforma da Previdência no segundo semestre. A queda expressiva da taxa de desemprego é aguardada só para 2020.

De acordo com Pnad contínua, no trimestre móvel encerrado em abril, a taxa de desocupação ficou em 12,5%, recuando 0,4 pontos percentuais na comparação com igual período do ano anterior. Aos trimestres imediatamente anteriores, os dados dessazonalizados mostram que o desemprego vem mantendo uma trajetória de leve redução, com taxa de 12% no período fevereiro-março-abril de 2019.

Por Maria Augusta