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QUEDA NO NÚMERO DE EMPREGO NO BRASIL, EM MARÇO: ─ Mais de 43 mil vagas de trabalho formal foram fechadas, segundo Caged

No mês de março o mercado de trabalho formal apresentou, em todo o país, saldo negativo de 43.196 empregos com carteira assinada, conforme dados divulgados em 24 de abril de 2019, pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

A pesquisa apontou que foram registradas 1.216.177 admissões e 1.304.373 demissões e que esse foi pior mês de março desde 2017, quando o resultado foi negativo em 63.624 postos com carteira assinada. Esse é o primeiro resultado negativo em três meses, pois a última vez que o Brasil registrou mais demissões que contratações foi em dezembro de 2018, quando foram fechados 341.621 postos de trabalho formal. E, se comparados os números de março desse ano com os de março do ano passado, o saldo é positivo em 56.151 admissões com carteira assinada.

Os dados apontam que o Comércio foi o setor com maior número de postos formais encerrados (-28.803 vagas); em seguida, aparecem: agropecuária (-9.545); construção civil (-7.781); indústria de transformação (-3080) e serviços industriais de utilidade pública (-662). Por outro lado, tiveram saldo positivo a indústria extrativa mineral (+528 postos), serviços (+4572 postos) e administração pública (+1.575 vagas).

A região Nordeste do Brasil registrou a maioria dos postos formais fechados (23.728 desligamentos) e em segundo lugar aparece a região Sudeste que, mesmo assim, registrou menos da metade das demissões do Nordeste, a saber: 10.673.

Os piores resultados nessa pesquisa foram apresentados pelos estados: Alagoas (-9.636 vagas); São Paulo (-8.007 vagas); Rio de Janeiro (-6.986 vagas), Pernambuco (-6.286 vagas) e Ceará (-4.638 vagas).

Por outro lado, os estados que registraram saldo positivo quanto aos postos de trabalho formal foram: Minas Gerais (5163); Goiás (2712); Bahia (2569); Rio Grande do Sul (2439); Mato Grosso do Sul (526); Amazonas (157); Roraima (76) e Amapá (48).

Também foram divulgados dados sobre o trabalho intermitente, caracterizado por quem trabalha em dias alternados ou por algumas horas e é remunerado por período. Nessa modalidade foram realizadas 10.328 admissões e 4.287 demissões, ficando um saldo positivo de 6.041 empregos. Segundo análise do Caged esse número é 88% maior do que o registrado em março do ano passado, época em que foram criadas 3.199 vagas intermitentes.

De acordo com o Ministério da Economia o resultado negativo do mês de março se pauta no fato de que “os setores que normalmente contratavam em março, anteciparam para fevereiro as contratações, registrando 173.139 admissões, ficando acima das expectativas ─o melhor para o mês desde 2014; e os que demitiam em fevereiro concentraram as demissões em março.”

Por: Maria Augusta