Tem sido veiculada pela mídia análises dos seis meses de aplicação da Lei 13.467/17, cujo objeto foi a Reforma Trabalhista pretendendo atualizar a CLT, gerar mais empregos e segurança jurídica para as relações contratuais. No entanto, dados comprovam que as expectativas da Reforma Trabalhista não condizem com a realidade.
Recente pesquisa realizada pela CNT─ Confederação Nacional dos Transportes mostra o descrédito da sociedade brasileira em relação às reformas Trabalhista e Fiscal ocorridas nesse governo. Ainda que o foco da pesquisa tenha sido as eleições de 2018, também foram abordadas a situação do emprego, da renda mensal e das condições de saúde, segurança e da educação.
Não há esperança da sociedade quanto à criação de empregos, nem tampouco quanto ao aumento de renda, segundo a pesquisa.
Dentre os entrevistados, 31,5% acham que vai piorar a criação de empregos nos próximos seis meses (em março o percentual era 31%); 21,7% acham que a criação de emprego vai melhorar (em março o percentual era 28,9%). Mais da metade dos entrevistados (59,3%) acham que a renda mensal não sofrerá alteração; 20,6% acham que a renda pode aumentar nos próximos 6 meses (em março esse percentual era de 23,3%) e 16,5% acham que haverá diminuição da renda.
Quanto à saúde, educação e segurança pública a descrença dos brasileiros persiste. No que se refere à saúde 42,9% acham que, nos próximos seis meses, permanecerá como está; 35,6% disseram que vai piorar e 18,5% acham que a saúde poderá melhorar. No quesito educação os dados revelam que 21% dos entrevistados acham que pode melhorar; 28,8% acham que vai piorar e 46,6% acham que a educação ficará do mesmo jeito. Na segurança pública 41,9% acham que vai piorar; 17,9% acham que pode melhorar e 37,2% acham que permanecerá como está.
Nota-se que há precarização do Estado na prestação de serviços públicos em saúde, educação e segurança. A austeridade fiscal também interfere nos investimentos e, obviamente, os setores mais carentes sofrem mais com isso.
Essa pesquisa da CNT que ouviu 2002 pessoas, entre os dias 9 e 12 de maio de 2018 em todo o país, revela a descrença dos brasileiros nas reformas.
Por Maria Augusta