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MPT divulga dados referentes a acidentes de trabalho no país

A cada quatro horas, uma pessoa morre vítima de acidente de trabalho no Brasil. Um descuido do próprio trabalhador, a falta de equipamentos de segurança ou até mesmo o cansaço físico, as causas são muitas. E o fato é que as estatísticas demonstram a seriedade de um problema que muita gente ainda banaliza.

Entre os profissionais mais vitimados estão os que trabalham em linhas de produção; os técnicos de enfermagem; faxineiros; serventes de obras e motoristas de caminhões.

Segundo a plataforma Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, disponibilizada pelo Ministério Público do Trabalho, entre 2012 e 2017, 14.412 mortes foram registradas em todo o país. São números de uma epidemia de difícil solução. No mesmo período ocorreram 3,8 milhões de acidentes no ambiente laboral.

Esses registros pesam muito no orçamento do governo federal, que é quem paga os auxílios-doença, as aposentadorias por invalidez, os auxílios-acidente e pensão por morte. Para se ter uma ideia disso, os dados do Observatório apontam que naquele período, a Previdência Social desembolsou mais de R$ 26,2 bilhões com o pagamento desses benefícios aos trabalhadores e suas famílias, no caso de mortes.

Estima-se que o país perde R$ 264 bilhões, anualmente, com acidentes e doenças do trabalho, o que corresponde a 4% do Produto Interno Bruto.

No ranking geral, os estados de São Paulo (37%) e de Minas Gerais (10%) lideram as Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs), e os gastos com afastamentos previdenciários são maiores em São Paulo (23,34%) e em Santa Catarina (10,11%).

Se por um lado as empresas são obrigadas a garantir a segurança de seus colaboradores e a fiscalizar o cumprimento das regras, os trabalhadores também precisam usar corretamente os equipamentos de segurança e informar a ausência deles ou situações de risco.