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Agência de risco Fitch rebaixa nota de crédito do Brasil para BB-

A agência de classificação de risco Fitch cortou dia 23 de fevereiro a nota de crédito do Brasil, com perspectiva estável. A nota foi reduzida de “BB” para “BB-“, o que mantém o Brasil dentro do grupo de países considerados maus pagadores de suas dívidas. Na Fitch, o país está três níveis abaixo do grau de investimento, espécie de selo de bom pagador. A perspectiva melhorou de negativa para estável, o que reduz o risco de novos rebaixamentos nos próximos meses.

A Fitch ressaltou que a decisão do governo de tirar a Previdência da pauta, com a intervenção federal no Rio de Janeiro, representou um “importante revés” e mina a confiança de médio prazo nas finanças públicas e no compromisso político do governo em perseguir o ajuste fiscal.

Para a agência, o ambiente político desafiador prejudicou a capacidade do governo para garantir apoio do Congresso e promulgar medidas de receitas e gastos destinadas a consolidar as contas fiscais em 2018.

Apesar do rebaixamento, a agência reconhece que a economia brasileira continua se recuperando de uma recessão profunda e cita a inflação moderada como um ganho para a credibilidade da política monetária do Banco Central.

O ministério da Fazenda disse que o governo federal segue comprometido em progredir com a agenda de reformas macro e microeconômicas destinadas a garantir o equilíbrio das contas públicas, crescimento econômico sustentável e contínua melhoria do ambiente de negócios.

Segundo ainda o Ministério da Fazenda, apesar do rebaixamento, a Fitch reconhece que os fundamentos macroeconômicos brasileiros permitem tanto absorver choques internacionais e domésticos como garantir a sustentabilidade da dúvida pública.

A Fitch é a segunda agência a rebaixar a nota do Brasil. Em 11 de janeiro, a agência S&P Global cortou o rating brasileiro de “BB” para “BB-“, no primeiro rebaixamento por uma agência no governo do presidente Michel Temer.

O atraso nas reformas e as incertezas sobre a eleição presidenciável deste ano estão entre os principais fatores que pesaram na decisão da S&P.

Por Maria Augusta