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Brasil é segundo país com pior nível de aprendizado, aponta estudo da OCDE

Mais de 25% dos estudantes têm notas ruins em matemática, interpretação de texto e/ou ciências, afirma o relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgado dia 10 de fevereiro, em Paris. Esse estudo incentiva os países a investir na educação para um retorno favorável a longo prazo.

O relatório, intitulado “Alunos de baixo desempenho: porque ficam para trás e como ajudá-los?”, baseia-se em dados de 2012 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da própria organização.

Dos 64 países analisados, o Brasil ficou atrás apenas da Indonésia, que tem 1,7 milhão de estudantes com baixo desempenho. Em termos percentuais, o país é o décimo pior avaliado, atrás de Catar, Peru, Albânia, Argentina, Jordânia, Indonésia, Colômbia, Uruguai e Tunísia.

O Brasil também possui uma das mais altas taxas de repetência entre os países analisados. Mais de um terço dos alunos com 15 anos (36%) já repetiu o ano pelo menos uma vez.

Na verdade, o Brasil ficou em 58º lugar por resultados ruins, apesar de apresentar uma melhora na taxa de escolarização e acesso à educação. Porém, os gastos por aluno com idade entre 6 e 15 anos no Brasil, de US$ 26,7 mil (cerca de R$ 103,8 mil) ainda representa, no entanto, apenas pouco mais da metade do montante considerado adequado pela OCDE, que é de US$ 50 mil.

Para romper o ciclo de baixo nível educacional, a OCDE recomenda que os governos nacionais identifiquem os estudantes com baixa performance e lhes ofereçam estratégias para recuperação de nível.