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A cada dia cresce o número de brasileiros que têm pelo menos uma conta atrasada

O retrato do dia a dia do brasileiro mostra a dificuldade de enfrentar o aumento do custo de vida, a alta dos juros e da inflação, o desemprego.

O custo da energia elétrica é o primeiro a ser apontado pelos consumidores como um dos mais penosos, pois apesar da redução do consumo, numa constante conscientização para não faltar energia no país, está cada vez mais caro.

O dinheiro acaba antes do final o mês. Essa situação atinge cada vez mais brasileiros. Tem sido comum ouvir o desabafo: “ou você come ou você paga as contas”.

Há quem já esteja até fazendo “rodízio de contas”, pagando primeiro as que estão mais atrasadas. Normalmente são as contas de água e luz que ficam atrasadas, mas a população também está deixando de pagar contas de telefone e internet, em segundo lugar; e, em terceiro, cartões de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros.

De acordo com pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade), divulgada em 26 de outubro passado, 74% dos brasileiros pretendem utilizar o 13°. salário para pagar dívidas já contraídas; o que representa um crescimento de 8,8% em comparação a 2014, quando 68% pretendiam usar os recursos para quitar dívidas. A pesquisa foi realizada com 1037 consumidores de todas as classes sociais. Dados da mesma pesquisa revelam que, com a renda pressionada, apenas 8% já se organizaram para pagar as contas de início de ano, como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar para os que têm filhos.

Fica aqui, portanto, o alerta. Além dos cortes de consumo que os brasileiros estão fazendo é preciso administrar as dívidas já existentes. Recorrer ao crédito rotativo do cartão de crédito para pagar fatura integral do mesmo, pode ser mais fácil e prático, contudo as taxas de juros são maiores. Procure não fazer isso.

O próximo ano está cercado desde já de muitas incertezas, portanto o momento é de cautela e de se planejar à medida do possível. Ao receber o 13°. salário se for usá-lo para o pagamento de dívidas, melhor quitar aquelas que têm juros maiores, como por exemplo, cartão de crédito e cheque especial. E, se houver sobra de dinheiro tentar antecipar parcelas de empréstimos, negociando o abatimento de juros embutidos nessas parcelas. E, se sobrar dinheiro, utilize-o para pagar despesas do início do ano (IPVA, IPTU, etc.); e, se for comprar algo evite pagar em parcelas, negocie desconto e pague a vista. E, se tiver algum saldo, invista na poupança ou em outras aplicações, para formar sua reserva financeira.

Este, sem dúvida, será um Natal de austeridade para as famílias brasileiras. Para 2016, o controle das despesas e o planejamento financeiro precisam ser colocados como prioridades no dia a dia.